"You are my friends, and the greatest love a person can have for his friends is to give is life for them."
A pessoa que disse isto, disse-o num jantar. Já em ambiente de fim de jantar, ambiente leve, de sobremesa, quando ainda se convive, mas já se sente o impulso de se levantarem e irem para a sala, ou buscar o café, ou à rua, os que vão fumar o seu cigarro e voltar ao convívio. A pessoa que disse isto, disse-o à 2000 anos. Se vivesse hoje, di-lo-ia de novo. Se vivesse hoje, talvez fosse rebelde da paz na Líbia, uma criança judia num colonato, um palestiniano sem comida para dar à família na faixa de gaza. Talvez fosse um emigrante mexicano num deserto do Texas, talvez fosse um camponês ou mineiro na América latina, ou um operário na china. Talvez fosse um angolano que vendesse carvão, talvez fosse um africano num bairro de lata de Espanha ou Portugal, promotor de reuniões de organização da comunidade. Talvez fosse um jovem europeu, cheio de estudos, mas que só tivesse ofertas de trabalho à experiência gratuitos. Talvez fosse uma mulher frágil, das ameaças do ex-marido que a enganou, vivendo com um ordenado pequeno e instável para ela e os filhos. Talvez fosse um jovem catequista a tentar mudar o vazio artificial da fé da sua paróquia preocupada com o status, talvez fosse um militante de um partido pequeno, numa terra dominada por um partido grande. Talvez fosse amigo de prostitutas, talvez:: in jornal diocesano 'Correio do Vouga'::
comesse com os sem abrigo, talvez fosse um empresário empreendedor à procura de
criar riqueza e distribuí-la por si e pelos trabalhadores a quem tenta dar emprego, talvez fosse um padre com ideias de uma Igreja muito humana, talvez fosse professor e sonhador, talvez fosse visto como subversivo, talvez fosse surfista, skater, talvezfosse amigo de toxicodependentes, talvez ligasse pouco a dinheiro e a burocracias, talvez dissesse o que dizia antes, talvez espalhasse amor por onde passava, talvez fosse morto ainda mais depressa pelos poderosos que usam o poder, não para os outros, mas para si mesmos. Talvez - não, disso tenho a certeza - desse de novo a vida pelos seus amigos, porque foi afinal a sua mensagem de amor que o matou. Que bom seria se ele vencesse a morte e ressuscitasse depois... era sinal que o Amor é maior que o poder, o controlo, o egoísmo, a chantagem, a opressão. Era sinal que o Amor, vence tudo e a vida é o que perdura depois!
daqui
2 comentários:
É dado!
:)
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