20100826

Boas surpresas!


Depois da onda de negativismo do último post, hoje é dia de deixar o optimismo entrar. De acreditar que o bom e o positivo ainda têm lugar no meio de tantas más notícias (ontem e hoje, mais 2 aviões q caíram, mais uma mãe que possivelmente assassinou filho recém-nascido...).

Estamos a chegar ao final do Verão e as actividades para o próximo ano pastoral começam a ser preparadas. Esta semana foi tempo de pensar a catequese: que estratégias utilizar para motivar catequistas e consequentemente pai e catequizandos, que catequistas, que materiais... no meio de muitas ideias, umas utópicas, outras que até podem dar certo, chegando ao inevitável MAS... mas não temos catequistas suficientes...

E fomos procurar... pensamos em pessoas que teriam o perfil adequado, pessoas que acreditamos que serão boas catequistas em todas as suas dimensões (transmissão de fé, testemunho de vida, trabalho em equipa, relação com catequizandos e outros catequistas...) E a BOA SURPRESA: todos aceitaram o desafio! Claro que com reservas, medos, etc... Enfim, o normal no início de uma importante missão, mas aceitaram, e com entusiasmo!

É tão bom perceber que ainda há pessoas dispostas a partilhar o seu tempo e o seu ser. Perceber que, mesmo perante um grande desafio (sim, ser catequista, considerando os padrões de comportamentos sociais e eclesiais atuais, É UM DESAFIO), há pessoas que têm a coragem de dizer SIM.

E por isso, hoje há boas notícias!

20100824

Más notícias!

A25. Hospital corrige informação: cinco mortos

Dois feridos na Madeira mantêm-se com prognóstico
reservado
Os dois feridos internados no Funchal, na sequência da queda de uma palmeira no último domingo durante um comício dos PSD-Madeira, mantêm-se com “prognóstico reservado, em coma induzido”

Nepal: Avião despenha-se e faz 14 vítimas mortais
Chefe dos trabalhos de socorro diz que não há sobreviventes do acidente. Avião seguia para o Evereste com três tripulantes e 11 passageiros. Um avião com 14 pessoas a bordo despenhou-se hoje a sudeste de Katmandu.

Ataque a hotel na Somália faz 30 mortos
Presstur 24-08-2010 (11h52) Um hotel em Mogadíscio, na capital da Somália, foi esta manhã, terça-feira, atacado por homens militantes islamitas, matando cerca de 30 pessoas.

As noticias sucedem-se… as ondas de más noticias sucedem-se a um ritmo alucinante. Este mês, Agosto, o mês de férias para muitos, mês de despreocupações e de relaxamento ficou marcado pelas tragédias. As motivações, as causas, as dimensões foram muitas e variadas, mas sempre um aspecto comum: vidas que se transformaram… para pior.


Entre cheias, incêndios, acidentes por terra, água e mar, nas últimas semanas, milhares de
pessoas acordaram para um novo dia sem os bens que lutaram uma vida para conseguir, sem os seus familiares e amigos, sem um lenço para limpar as lágrimas de quem olha de frente a dor.

Em cima coloquei apenas alguns títulos resultado de uma olhada rápida numa página de notícias. Apenas hoje, apenas agora...

Que papel será o meu? e o teu?

É a duvida que resta,que me leva a perguntar...qual papel sera o meu? o de quem nada faz?
embora doa, nada fiz para mudar.

Embora doa, nada vai mudar. E revemos nas imagens que não passa de um esboço...escolhem os senhores da guerra os motivos a seu gosto...

Embora doa, nada fiz para mudar.embora doa, nada vai mudar.

Porque nada surprende. Já vivemos com o medo. Quem nos chama a razão? Ao som de armas adormeço...


Embora doa, não me faz perder o sono.embora doa... escorre sangue pelo ombro em directo na tv explode a carne em mãos de quem nada fez embora doa, não me sujo desse sangue embora doa, há sempre outro canal embora doa...embora doa, não me sujo desse sangue embora doa, há sempre outro canal.

é a duvida que resta que me leva a perguntar...

<>

20100819

Dreams & Feathers

A life full of dreams & feathers: full or empty? My my mom...

20100810

Ecletismo

Ecletismo ou Ecleticismo é um método
científico
ou filosófico que busca a
conciliação de
teorias distintas. Na política e
nas
artes, ecletismo
pode ser simplesmente a liberdade de escolha sobre aquilo que se julga melhor,
sem se a apegação a uma determinada
marca, estilo ou preconceito.




No fim de semana passado fui ao festival Andanças pela 1ª vez... Foi muito do que eu esperava... Foi muito muito bom! Muito boa a energia, muito boa a dança, muito boa a sensação de liberdade, muito boa a companhia…
Mas acima de tudo o que foi muito bom, porque é tão raro hoje em dia, foi o ambiente eclético. Sim, uma palavra difícil! Mas não encontro outra melhor. E afinal, as palavras existem na nossa bela língua portuguesa. Então, é melhor darmos-lhes uso ou ainda enferrujam!
O ambiente, sim o ambiente! Ali encontrei famílias, jovens casais, crianças, casais idosos. Encontrei grupos de amigos portugueses e estrangeiros. Encontrei “rastas”… É interessante ver o cenário de uma tenda de danças onde carrinhos de bebés se misturam com uma multiplicidade de cores, de pessoas! É interessante perceber que podes ser tu mesmo, porque ali ninguém te vai julgar, porque a unicidade é respeitada e vista como riqueza!
Pena que seja só ali que se vive o ecletismo… não exclusivamente, de certeza! Mas não existem muitos lugares assim. Pelo menos não encontrei ainda! Se alguém souber, avise!
Ponho-me a pensar e… talvez por não se viver… ou por ser uma coisa tão estranha na nossa sociedade de modas e de “tem que ser”, é que a palavra é tão rara e soa a doença grave!
Bem… obrigada Andanças por me lembrares que ainda é possível sermos diferentes na unidade!

Foto em www.andanças.net

20100729

Oportunidades


Life is always walking up to us and saying, "Come on in, the living's
fine," and what do we do? Back off and take its picture.


Russell BakerRead

20100728

...

Os dias passam... o tempo passa... não escrevo... tento não pensar...

este mês, esta semana, hoje é dia de questionamentos... de perceber que escolhas me trouxeram até onde estou agora.

Por vezes nem percebemos quanto pequenas escolhas podem influenciar a nossa vida, até que, em algum momento, algo nos faz parar e avaliar.

É difícil...

20100527

:)

VOLUNTÁRIA PORTUGUESA FALA DA SUA EXPERIÊNCIA MISSIONÁRIA


Sônia e Verinha servindo merenda aos meninos do Oratório Guadalupe em Manicoré.


No ano 2009 a Comunidade Salesiana de Manicoré acolheu a senhorita Sônia Pandeirada Pinho, jovem portuguesa, para fazer sua experiência de voluntariado. Após concluir sua experiência de serviço gratuito profundamente bem vivida, a Sônia retornou ao seu país. Nesta entrevista ela nos fala da importância da vivência do seu voluntariado, confronta-se com a realidade de milhões de jovens europeus dando-lhes conselhos, avalia os pontos marcantes da sua experiência e confessa que a experiência de voluntariado por si vivida foi radical e marcou profundamente sua vida.
1. Como você avalia a sua experiência de Voluntariado em Manicoré na Amazônia Brasileira? Que lições de vida você teve?
A experiência em Manicoré foi muito mais do que eu esperava... aliás, acho que nem é correcto chamar-lhe uma experiência, pois foi muito mais que isso. Foi uma experiência em cidade do interior, experiência com povos ribeirinhos, experiência de vida salesiana e tantas outras. Sinto, sinceramente, que voltei muito mais assertiva em relação às minhas prioridades, mais cautelosa também. E lições de vida, talvez a mais importante é que não importa que possibilidades cada um de nós temos, se nos juntarmos e trabalharmos vamos mesmo fazer algo grande. Em Manicoré assisti à "constituição" de uma comunidade e participei do início de outra... pessoas que juntas fazem a diferença. Na verdade, acho que a palavra que aprendi e que mais marca toda esta experiência é: mutirão.
2. Você acha que vale apena um (a) jovem empregar um ano de sua vida para fazer uma experiência de voluntariado? O que ele ganha com isso?
Sem dúvida! Ganha experiência de vida, ganha visão de mundo. É uma experiência tão enriquecedora que acredito mesmo que deveria fazer parte do percurso de formação de qualquer jovem/jovem adulto.
3. Após ter vivido essa experiência, que idéias mudaram em sua mente a respeito da Amazônia?
Penso que posso mesmo dizer que: todas as que se relaccionam com a vida humana. Infelizmente a ideia que é difundida da Amazônia no exterior resume-se fundamentalmente a questões ambientais e, eventualmente, a questões com reservas indígenas. Ao chegar, deparei-me com essa realidade sim, mas com muito mais. Com toda uma dinâmica social e económica que não eu conhecia nem esperava, esta dinâmica que como é óbvio tem aspectos positivos e negativos. Mas, a verdade é que todos eu desconhecia. Então a Amazônia é, para mim, agora (ainda) mais rica.
4. O que mais lhe tocou participando da vida eclesial, ou seja, a experiência de Igreja da Amazônia pode contribuir para o enriquecimento de outras?
Sim! Voltei há quase 3 meses e é inevitável fazer comparações. Mesmo aqui vou tentando passar um pouco do que vivi aí, mas não é suficiente. Especialmente o sentido de comunidade, a fervorosidade da fé e a ligação entre igreja e vida são valores/atitudes que se perderam na igreja europeia. Vive-se uma religião muito mais "privada" e de "domingo". É incrível perceber a influência (positiva) da Igreja na Amazônia na vida das pessoas, perceber como sai do templo e vai aos igarapés, aos lagos, aos bairros, aos problemas sociais.
5. Cite e comente três valores que mais lhe chamaram atenção do povo onde você trabalhou.
O sentido de comunidade: talvez por ser tão diferente do lugar onde vivo, foi mesmo o que mais me chamou a atenção, tal como a dedicação de alguns jovens às suas comunidades.
O envolvimento dos jovens: em algumas comunidades, alguns jovens passavam todos os sábados entre catequese e ensaios para culto dominical. Apesar de ser necessária uma participação jovem mais activa é já um ponto de partida muito bom!
A acolhida: apesar de não ser imediata, e isso posso dizer que talvez tenha sido um choque cultural, quando se começa a sentir não tem fim. De facto, quando vim embora de Manicoré, e só passei um ano lá, sentia que fazia mesmo parte daquela comunidade, porque me "deixaram" sentir isso.
6. Que conselhos, ao menos três, você daria para um jovem europeu que gostaria de fazer uma experiência semelhante à sua?
Cada pessoa é diferente, mas acho que o mais importante é ir de mente aberta, com humildade para receber uma nova cultura e a aprender a ser dentro desse novo contexto e confiar, acima de tudo em Deus. A relação com Deus é fundamental, na minha própria experiência consegui mesmo identificar que os momentos mais difíceis de ultrapassar coincidiram sempre com um enfraquecimento da minha confiança em e relação com Deus.
7. O que mais você gostaria de dizer e partilhar...
Obrigada!!! Agradeço aos salesianos, em especial à comunidade salesiana de Manicoré, por me terem acolhido durante este tempo e me terem dado oportunidade de viver esta experiência tão rica. A partilhar também, que esta foi uma experiência de voluntariado um pouco mais radical, que para sempre marcará a minha vida, mas que não faz sentido nenhum sem um antes e em especial um depois. Um depois em que temos que dar testemunho com a vida daquilo que vivemos e aprendemos durante a experiência de missão. É esse depois que estou procurando viver agora, com a maior coerência possível.Mas a verdade é que aos pouco me apercebo que regressar é muito mais difícil que partir...
Antônio de Assis Ribeiro - 25/05/2010

20100521

Tempo

Tem vezes em que o tempo não nos dá tempo para ter tempo. Tem vezes em que o tempo nos bloqueia. Tem vezes em que não temos tempo para pensar como aproveitar melhor o tempo. Tem vezes em que o tempo não é suficiente. Tem vezes em que o tempo parece não existir. Tem vezes em que queremos que o tempo não exista. Tem vezes em que parece que o mundo se enganou na hora de distribuir as tarefas pelo tempo. Tem vezes em que só queremos esquecer o tempo.

Tem vezes em que penso: mas afinal, o que é o tempo?

20100517

A que sabe o chocolate?

É estranho quando nos sentimos estranhos... têm sido assim os meus últimos
dias, semanas, mesmo meses...

O regresso é bem mais difícil do que
imaginamos e acabamos questionando tudo. Ora num destes momentos de grandes
questões, "apareceu-me" este texto...


Não há gente feliz e gente infeliz. Não há felizes e infelizes. Há é quem
consiga olhar as coisas, mesmo as adversas, com olhos de quem quer encontrar a
felicidade. E há quem só veja infelicidade nas coisas. Há quem fique preso nas
adversidades que acontecem, impedindo que o seu coração perceba a quantidade e a
qualidade das coisas belas que acontecem nesse mesmo tempo. Assim nunca há
espaço para ser feliz. Olha a vida como quem quer ser feliz e não como quem quer
a felicidade dada. A felicidade existe em si, mas tem de procurar-se.Tudo
depende da forma como olhamos as coisas. Nunca ouviste dizer que o sabor do
chocolate depende da pessoa que o saboreia? O chocolate só é chocolate porque
alguém o saboreia. E pode haver mesmo quem não goste de chocolate. Ou pelo menos
deste chocolate.



Afinal a que me sabe o chocolate?

20100513

Há 8 meses...

Hoje numa visita por blogues amigos vi algo que me assustou:

A vida sempre continua - É isso aí... há quem acredite em milagres... a vida sempre continua... são alguns dizeres de uma música que gosto muito e já está por aqui, algures neste b...
Há 8 meses


Há 8 meses que não actualizo o blog... entretanto voltei da Amazónia... entretanto estou perdida de novo... por aqui... a tentar encontrar o equilibrio entre o eu que saíu a mais de 1 ano e o eu que voltou à pouco...

E porque gosto de ler, e porque gosto de escrever... aqui estou... a reabrir a lua e outras fases... 8 meses depois...