De olhos fechados contemplo o mundo que me rodeia. Deixo-me levar pelo coração... "Vai aonde te levar o coração" diz uma escritora de renome... e assim vou eu...
Um final de ano tão igual e tão diferente... tão igual o final, tão diferente o início que se avizinha... tão aliciante quanto assustador... tão seguro quanto arriscado... os paradoxos sucedem-se na minha mente e no meu sentir...
Hoje à noite, às doze badaladas reza a tradição que deveremos pedir os 12 desejos do ano... peço apenas... que me consiga encontrar em Ti... que Te consiga encontrar em mim... e assim ser maior... e assim, à boa maneira do caminhante, "fazer o caminho ao andar". ConTigo e contigo... sim... e tu também estarás por lá...
Peço ainda... energia para acompanhar o sonho... objectividade para o concretizar... e um sorriso sincero que me faça acreditar nele... no sonho... no meu... no Teu... no nosso...
Por vezes sinto as batidas cardíacas acelerar... adrenalina? satisfação? pânico?
Sou eu. Humana. Limitada. Com defeitos. Com sonhos. Acompanhada. Motivada. Agradecida.
2009 aqui vamos nós!
20081231
20081223
Neste tempo...
Quase quase no Natal, quase quase no início de mais um ano, os meus votos para todos aqueles que fizeram a diferença este ano.
Quantas vezes nos sentimos pequeninos ao olhar para os desafios... quantas vezes nos sentimos pequeninos ao olhar para a beleza de um sorriso inocente... quantas vezes nos sentimos pequeninos ao olhar a grandeza de uma injustiça... tantas vezes... tantas e tão diferentes...
A ti, desejo um Natal em paz, que recorde como podemos ser pequeninos, mas mesmo assim conseguir grandes feitos.
A ti, desejo um 2009 em que, mesmo pequeninos a tentar abarcar o mundo com o nosso olhar, arrisquemos ser maiores.
20081215
Um momento...
A música invade os meus sentidos... sinto-me a pairar... o frio gela-me as mãos e os pés descalços, mas permaneço ali, quieta, como se o mundo fosse parar ao mais pequeno gesto...
À minha volta o nada envolto em névoa... ou talvez não, mas o meu estado de alheamento paralelo a uma intensa vivência interior faz-me acreditar que sim...
A melodia intensifica-se e...
À minha volta o nada envolto em névoa... ou talvez não, mas o meu estado de alheamento paralelo a uma intensa vivência interior faz-me acreditar que sim...
A melodia intensifica-se e...
20081211
Falando em Direitos Humanos...
Algumas notas prévias:
Boa luta!
Artigo 1.º
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.
Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito
de fraternidade.
Artigo 23.º
1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a
condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção contra o
desemprego.
2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho
igual.
3. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que
lhe permita e à sua família uma existência conforme com a dignidade
humana, e completada, se possível, por todos os outros meios de protecção
social.
Artigo 25.º
1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e
à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação,
ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos
serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na
doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de
meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.in Declaração Universal dos Direitos Humanos
Multiplicam-se as declarações, os protocolos, os compromissos... que, como dizia ontem Pedro Jordão numa conferência sobre DH, não passam de apologia dos Direitos Humanos. E é importante fazer a apologia dos Direitos Humanos, mas não é suficiente. É preciso agir, é preciso fazer a DEFESA dos Direitos Humanos! E porque TODOS devemos "agir uns para com os outros em espírito de fraternidade", todos... não apenas os governantes ou os que têm tempo para essas coisas, deixo um pequeno exemplo de como podemos defender os DH: o comércio solidário porque "Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória"
Em http://lojaonline.orbiscooperation.org é possível adquirir produtos com a garantia de que foram produzidos com respeito pelas pessoas e pelo ambiente. Cada compra representa para os produtores, na maioria dos casos em situações de pobreza extrema, uma possibilidade de uma refeição ou de um tecto. Não se tratando de caridadezinha, mas sim de uma recompensa justa pelo seu trabalho.
Em http://lojaonline.orbiscooperation.org é possível adquirir produtos com a garantia de que foram produzidos com respeito pelas pessoas e pelo ambiente. Cada compra representa para os produtores, na maioria dos casos em situações de pobreza extrema, uma possibilidade de uma refeição ou de um tecto. Não se tratando de caridadezinha, mas sim de uma recompensa justa pelo seu trabalho.
20081210
Dignity and Justice for All
20081205
O labirinto
ooops e agora? Não há saída! Outra vez! Uma parede densa de arbustos tapa-me o caminho. E já está a ficar frio... e a noite sem estrelas a caír...
Gosto de labirintos, de me embrenhar à descoberta do caminho para chegar ao outro lado, onde vou encontrar o tesouro. A adrenalina de não saber o que está no outro extremo provoca-me um misto de emoções que alterna (ou não) medo, sorrisos parvos, ansiedade, vontade de desistir, acreditar que serei capaz e mais umas tantas outras desconexas e que jamais se sentiriam simultaneamente... se não estivesse a percorrer o labirinto.
Já experimentei labirintos de todos os tipos: em papel, de milho, de um material estranho cor-de-rosa, em tamanho real, numa folha de uma revista, no ecrã de um computador... desta vez estou num labirinto escondido na floresta, talvez o mais assustador de todos até agora.
Decidi voltar para trás e experimentar uma passagem que vi há uns minutos, tenho que correr, a luz está a acabar e depois... depois não sei...
A passagem é apertada. Alguns arranhões depois, chego a um espaço mais amplo. É lindo! O luar ilumina algumas árvores com flores, consigo ouvir alguns animaizinhos que se preparam para saír e outros que juntam as familias para se aconchegarem e dormirem até o sol voltar a raiar...
Parada no centro da clareira observo tudo os que os meus olhos e o meu coração conseguem atingir. Sinto-me como uma menina pequenina no meio de um palácio, que olha deslumbrada a beleza que a rodeia. Rodopio para ver mais e mais e mais...
De repente apercebo-me da minha condição. Estou no meio de um labirinto, no meio da floresta, é de noite, não tenho ideia de como chegar ao outro lado e... estou sozinha... sou assolada por uma espécie de tristeza, daquela que é espicaçada pelo medo.
Chegam os fantasmas da noite e tudo o que eu queria era voltar para o quentinho da minha cama, com a minha família ao lado e os meus amigos perto.
Que estupidez! Mas eu gosto de labirintos!!! Eu escolhi este! Lembro-me quando fazia labirintos nas revistas e pensava no labirinto da floresta: O labirinto. O labirinto chamava-me, quase como por magia. Sentia-o presente, sentia-me nele, mesmo quando ainda lutava contra os ramos para chegar à entrada, mesmo ainda quando não passava de um lugar imaginário.
Às vezes a noite faz-nos sentir assim, a querer desistir. Porque a noite é escura e é silenciosa, de um silêncio que nos obriga a ouvir o que não queremos. Porque a noite é solitária e desconhecida, de um desconhecido que assusta e motiva. Mas a noite também passa. Daqui a umas horas vai amanhecer e com a luz da madrugada, volta o meu acreditar e o meu querer. E a cada dia no labirinto esse acreditar e esse querer vão-se tornando mais fortes e os fantasmas à noite vão ficando cada vez mais longe.
O labirinto é gigante e repleto de árvores e arbustos e animais, não tenho ideia da minha posição actual, mas a sensação de estar aqui é maior que eu!
Oh não! Mais uma parede a bloquear o caminho! Here I go again!
Gosto de labirintos, de me embrenhar à descoberta do caminho para chegar ao outro lado, onde vou encontrar o tesouro. A adrenalina de não saber o que está no outro extremo provoca-me um misto de emoções que alterna (ou não) medo, sorrisos parvos, ansiedade, vontade de desistir, acreditar que serei capaz e mais umas tantas outras desconexas e que jamais se sentiriam simultaneamente... se não estivesse a percorrer o labirinto.
Já experimentei labirintos de todos os tipos: em papel, de milho, de um material estranho cor-de-rosa, em tamanho real, numa folha de uma revista, no ecrã de um computador... desta vez estou num labirinto escondido na floresta, talvez o mais assustador de todos até agora.
Decidi voltar para trás e experimentar uma passagem que vi há uns minutos, tenho que correr, a luz está a acabar e depois... depois não sei...
A passagem é apertada. Alguns arranhões depois, chego a um espaço mais amplo. É lindo! O luar ilumina algumas árvores com flores, consigo ouvir alguns animaizinhos que se preparam para saír e outros que juntam as familias para se aconchegarem e dormirem até o sol voltar a raiar...
Parada no centro da clareira observo tudo os que os meus olhos e o meu coração conseguem atingir. Sinto-me como uma menina pequenina no meio de um palácio, que olha deslumbrada a beleza que a rodeia. Rodopio para ver mais e mais e mais...
De repente apercebo-me da minha condição. Estou no meio de um labirinto, no meio da floresta, é de noite, não tenho ideia de como chegar ao outro lado e... estou sozinha... sou assolada por uma espécie de tristeza, daquela que é espicaçada pelo medo.
Chegam os fantasmas da noite e tudo o que eu queria era voltar para o quentinho da minha cama, com a minha família ao lado e os meus amigos perto.
Que estupidez! Mas eu gosto de labirintos!!! Eu escolhi este! Lembro-me quando fazia labirintos nas revistas e pensava no labirinto da floresta: O labirinto. O labirinto chamava-me, quase como por magia. Sentia-o presente, sentia-me nele, mesmo quando ainda lutava contra os ramos para chegar à entrada, mesmo ainda quando não passava de um lugar imaginário.
Às vezes a noite faz-nos sentir assim, a querer desistir. Porque a noite é escura e é silenciosa, de um silêncio que nos obriga a ouvir o que não queremos. Porque a noite é solitária e desconhecida, de um desconhecido que assusta e motiva. Mas a noite também passa. Daqui a umas horas vai amanhecer e com a luz da madrugada, volta o meu acreditar e o meu querer. E a cada dia no labirinto esse acreditar e esse querer vão-se tornando mais fortes e os fantasmas à noite vão ficando cada vez mais longe.
O labirinto é gigante e repleto de árvores e arbustos e animais, não tenho ideia da minha posição actual, mas a sensação de estar aqui é maior que eu!
Oh não! Mais uma parede a bloquear o caminho! Here I go again!
20081204
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