20090131

New Way of Being...

Queria escrever-me aqui... queria partilhar o meu novo(?) sentir... mas as palavras escasseiam...

cheguei... uma nova forma de estar... um novo mundo... o ter que simplesmente estar e a dificuldade de o fazer... a necessidade biológica de uma adaptação lenta e a interpelação lógica(?) de partir para a acção...

Aprendo a estar... pois só esse poderá sempre ser o ponto de partida... E neste estar tenho vindo a descobrir as pessoas... Há quanto tempo não o fazia... assim...

Um amigo perguntava-me: "então e já fizeste alguma coisa de especial?". Eu respondi-lhe só: " se achares que abraçar com toda a sinceridade uma pessoa que acabaste de conhecer ou falar/rir/chorar durante horas sobre os teus medos/sonhos/ser mais intimos com alguem que acabaste de conhecer é especial, então, sim, fiz algumas coisas especiais:)"

A missão tem destas coisas, mesmo quando ainda estamos meio dormentes... ficamos com os sentidos mais alerta... com o coração mais disponível...

20090127

Nao vou parar de Te olhar... e àqueles onde estás...

É isso aí.... há quem acredite em milagres.... há quem faça maldades também... eu acredito em milagres... não vou parar...





É isso aí
Como a gente achou que ia ser
A vida tão simples é boa
Quase sempre
É isso aí
Os passos vão pelas ruas
Ninguém reparou na lua
A vida sempre continua

Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não sei parar
De te olhar

É isso aí
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade

É isso aí
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores

Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar

20090124

Count Down...

10, 9, 8...

20090121

[Parentesis Recto]

Em conversa com um amigo, surgiu a ideia de fazer algumas entrevistas, muito informais,a pessoas igualmente menos convencionais. Entrevistas a pessoas anónimas que fazem a diferença entre os da sua idade, da sua terra, do seu mundo.

Hoje transcrevo a entrevista ao Alex, um rapaz de 19 anos que, confesso, surpreendeu-me. Pela Positiva. Além de escrever bem (e não só em português!), assume para si uma responsabilidade política activa! A responsabilidade que deveria ser assumida por todos os cidadãos (geralmente demasiado passivos). Os seus textos estão disponíveis em asinceridadeintelectual.blogspot.com.
[Embora ainda te debatas com os dilemas próprios da idade, acredita em ti;) Podes fazer a diferença!]

Esta primeira entrevista é, propositadamente, muito generalista. Mais pormenores poderão ser discutidos directamente com o Alex ou num próximo post.

YL: Alex, fala-me de ti! 2 frases, ok?

AF: 2 frases? Sou o Alexandre, aqui tratam me por Fonseca. Sou um miúdo confuso e confundido, mas em nada interessante ou especial, porque acredito que tenho dúvidas e ânsias típicas de qualquer pessoa da minha idade.

YL: Define voar?

AF: Definir voar sem recorrer a um estereótipo como voar é ser livre é dificil, mas seria algo como isso.

YL: Escrever: arte ou ciência?

AF: Eu aprendi com o que li de muitos escritores, a não acreditar na inspiração e sim no trabalho. Mas, ao mesmo tempo, se não surgir por necessidade ou por paixão, não te deve agradar a ti, nem aos outros.

YL: E o teu maior sonho é? (Ser feliz, não vale)

AF: Nunca diria ser feliz, porque para mim isso é o mesmo que não dizer nada. Para mim, ser feliz não tem significado, ou melhor, não quer dizer realmente nada, em perguntas como esta. Acho que o meu maior sonho é ser útil ( o que quer que isso signifique).

YL: Maior loucura?

AF: Maior loucura que já fiz? Não sou muito dado a isso ;)

YL: Acreditas na Humanidade?

AF: Sim, acredito. Há pessoas que me fazem acreditar ( poucas), mas fico triste quando vejo algumas coisas. Sem falar de Darfur, a faixa de Gaza, e por aí em diante. Há algo com que tento lutar muito ( apesar de ser fraco para tão díficil luta) que é a descrença que noto em tanta gente, no nosso País.
YL: Viagem da tua vida?AF: Não sei, mas acho que terá de será sozinho.
YL: Qual a 1ª coisa que fazes de manhã?

AF: Normalmente é beber água ou ligar o computador.

YL: Consideras-te um cidadão europeu? E global?

AF: Sim, apesar de me sentir afastado do Mundo, neste cantinho pequeno. Mas somos mundo à mesma.

YL: Quais os maiores desafios nos próximos 7,5 anos?

AF: Acabar o curso, arranjar emprego e uma vida! (lol)

YL: Filósofo da tua vida?

AF: Posso dizer Fernando Pessoa?

YL: Escrever. Quando, como, porquê?

AF: Normalmente quando não tenho nada que fazer ou tenho demasiadas coisas que fazer, porque são situações que me enervam, ora porque estou sozinho, ora porque me fazem ter receio ou sentir incapaz. Escrevo, maior parte das vezes directo no computador, sentado, muito torto e com uma letra muito violenta.

YL: Darias a tua vida por....?

AF: Neste momento por nada. Estou a gostar demasiado dela.

YL: Purpose of life?

AF: O mesmo de cima. Ser útil, fazer algo grandioso, e acreditar ( em mim, principalmente). Por o meu País a funcionar e vê-lo a ter sucesso em todos os campos (porque já chega de frustrações).



Obrigada Alex! Espero que consigas inspirar alguém que passe por aqui. Já agora, podes definir o que é fazer política?

Até à próxima entrevista!;)

20090119

...

Alguns dias...

olhos brilhantes... abraços fortes... palavras bonitas... palavras não ditas...

começam as despedidas. as despedidas que não quero nem percebo. as despedidas que não entendem. as despedidas de quem parte comigo. despedida... será que é o que fica por pedir (des + pedida)? Talvez não... mas a verdade é que uma despedida implica sempre uma ausência de pedidos, de dádivas, de partilhas...

Estou serena. As pessoas estranham. Estou confiante. As pessoas apoiam. Estou decidida. As pessoas desistem.

O grande ponto de viragem já aconteceu há alguns dias... agora é encará-lo e viver a missão. A que escolhi. A que me escolheu.