20080919

Direitos Humanos... Onde?

Direitos humanos na ordem do dia...

Organizações não governamentais e mesmo as gover
namentais, embora nas últimas as parcialidade seja [quase] evidente, multiplicam-se em relatórios e declarações sobre a [des]evolução da protecção dos Direitos Humanos (DH) no mundo.

A Ásia, a estrela dos protestos relaccionados com os DH (fenómeno visibilidade Beijing 2008), é acusada de menosprezar os direitos dos trabalhadores e, acima de tudo, dos grupos vulneráveis, nomeadamente as crianças e as minorias étnicas. Protestos, petições, relatórios... MAS a China (entre outros países do Oriente) continua a incrementar as suas exportações para o oeste. O consumidor continua a desviar o olhar da etiqueta porque "é mais barato e a vida está difícil". Por vezes, o mesmo consumidor que assinou a petição online, que por acaso lhe chegou por e-mail, o mesmo que se insurge ao ver as imagens das criancinhas a trabalhar nas fábricas... esse mesmo...

made in china
, made in taiwain... pouco efeito têm...

Claro que, se reflectirmos um pouco sobre o assunto, não tardam a surgir novos dilemas... "Se nós não comprarmos, eles não vão produzir e, por conseguinte, não vão ganhar dinheiro, não vão ter meios de subsistência"... Sim.. é um ponto de vista, mas não acredito que tenhamos que ser tão dramáticos. A cultura chinesa é nacionalista e estratega por natureza, no caso de verem os seus objectivos expansionistas abalados por questões de natureza ética
, as empresas (e o governo) não tardariam a adoptar medidas de protecção dos DH. Não o fazem já, simplesmente porque não precisam... a população é submissa, a comunidade internacional rende-se à diplomacia oriental, e os consumidores ocidentais não resistem aos preços... Para quê mudar?!

2 comentários:

cathy disse...

Um texto objectivo e consegues pôr o dedo na ferida... mas é, sem dúvida, uma situação difícil. Não teria mal nenhum que os produtos chineses entrassem pela nossa casa adentro se de cada vez que olhamos para eles não nos lembrassemos de uma menina-cadáver nas casas da morte...
Abraço, Sónia
Até amanhã

Anónimo disse...

Num mundo em que apenas o lucro importa e em que o tema da crise económica está em todos os lugares é tão mais fácil fingir que nao vemos, pensar que não é por eu nao comprar já que todas as outras compram que alguma coisa vai mudar. Porque é doloroso pensar que longe daqui mas ás vezes bem perto os DH não são respeitados e que nós se não fossemos comodistas poderiamos iniciar a corrente que poderia mudar! Ninguém pode mudar o mundo sozinho mas com um gesto podemos por em movimento a corrente da mudança!
Basta de desviar o olhar!!