Durante muito tempo fiquei na margem, a olhar as ondas preguiçosas que, como quem dispõe de todo o tempo do mundo, desenrolavam na areia. Ouvia as gaivotas, ruidosas. Observava as pessoas que por ali passavam, algumas nem davam pela minha presença... de tal forma era natural encontrar-me ali envolta no meu mundo. Outras sorriam e continuavam, de pés descalços sentindo o calor e o frio nos pés, sentindo que estavam vivas a cada passo...
E eu continuava... na margem...
À espera que chegasse o momento...
Enquanto esperava deu tempo para tudo [pensava eu]: rezei, ri, chorei, afastei, reuni, preparei, lutei...
Até que... os acontecimentos sucederam-se, a embarcação chegou com destino marcado, está na hora, não posso parar, tenho que embarcar. Já está!!!
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